Pesquisa e Prática Profissional – Instrumento de Investigação

Projeto de Pesquisa – A Educação Especial e a Escola Inclusiva.

Justificativa:
A educação especial é um recurso especializado para educar e socializar todas as pessoas portadoras de necessidades especiais, tendo em vista as suas dificuldades individuais, assim desenvolver trabalhos para que haja uma aprendizagem satisfatória, participação ativa e atividades envolventes e interessantes a todos.
A sociedade também precisa ser esclarecida sobre a inclusão, e saber a verdadeira importância para a formação de seus filhos, integração e inclusão fazem hoje em dia parte do cotidiano de muitas famílias, as crianças precisam ter o direito e entender que são normais dentro dos seus próprios limites, que quando essas crianças chegarem a faze adulta se incluam e se adaptem a comunidade a que pertencem para trabalhar e usufruir do que tem no nosso meio.
Objetivos Gerais:
Atender portadores de Necessidades Educativas Especiais, ampliar o acesso desses alunos nas classes comuns, fornecer capacitação aos professores propiciando em atendimento de qualidade, favorecendo uma aprendizagem na qual as crianças possam adquirir conhecimentos juntas, desenvolver no professor a capacidade de usar formas criativas com alunos portadores Necessidades Educativas Especiais a fim de que a aprendizagem e a inclusão se concretizem.
Objetivos Específicos:
a) Analisar o processo da inclusão dentro da escola;
b) Verificar a situação real vivida pelos professores e alunos dentro da escola;
c) Desvelar os problemas enfrentados pelos professores dentro da escola e junto aos órgãos competentes e responsáveis diretos;
Metodologia de Pesquisa:
Nossa abordagem para a pesquisa na escola foi qualitativa. A pesquisa feita na escola utilizamos o nosso diário bordo, fizemos a entrevista através de questionário escrito, pudemos observar que a escola não tem nenhuma estrutura física para os portadores de necessidades especiais, há muitos degraus espaços pequenos que não são adaptados, existem muitos professores que rejeitam alunos portadores de necessidades físicas, por estrutura física da escola.
Muitas vezes a criança é matriculada no ensino regular e sofre várias reprovações, por falta de atenção ou concentração, então o professor encaminha aos oftalmologistas, psicólogos, médicos para fazer uma avaliação psico-educacional para ver o grau de dificuldade que se encontra neste aluno, descrevendo todos os aspectos social, cognitivo, psicomotor, acadêmico, para então ir para uma classe de recurso que trabalha com dificuldades leves, depois a classe especial que trabalha com portadores de necessidades especiais, deficientes mentais (DM) ou deficientes visuais(DV), só a partir daí é que professor vai conhecer seus alunos buscando todas as informações possíveis e montar seu planejamento de aula e trabalhar com ele, pois a lei diz que o professor deve incluir os alunos especiais e na escola regular e depois incluí-los a nossa sociedade, tudo com a aprovação do Núcleo Regional de Educação. O professor deve usar de toda sua criatividade, fabricando brinquedos com sucatas, reciclagem e utilizando jogos, pois material didático e pedagógico é o professor que constrói tornando as aulas melhores e facilitando a aprendizagem, se caso não obter sucesso o professor pede ajuda a equipe pedagógica da escola.
Os alunos que estudam nesta escola apresentam dificuldades leves, não dependem de cadeiras ou muletas. A falta do acompanhamento da família na aprendizagem do aluno é um dos grandes problemas que as professoras enfrentam, é importante que os pais dêem a continuidade do trabalho do professor, ajudando nas tarefas participando da vida escolar de seu filho.
Tivemos a oportunidade de assistir uma aula na qual a professora trabalhava com tapeçaria, que consegue conciliar que todos façam o que ela pede, havia três meninas e três meninos com sérios problemas mentais, porém todos participavam ativamente, cada aluno apresenta um problema diferente, além disso, nossa sociedade é muito carente, alunos que não tem uma família unida, estruturada, um ambiente familiar para ir quando saem da escola.
Quando pesquisamos sobre o assunto vemos que a realidade esta longe de ser o que as leis determinam, há muito trabalho ainda a ser desenvolvido para chegar à realidade da teoria, pois há muitos direitos aos portadores de necessidades especiais que foram obtidos através da Declaração de Salamanca em 1994 (Espanha) e que não são colocados em prática pelos órgãos responsáveis.
O processo de inclusão envolve os pais que precisam ter consciência da importância do trabalho dos professores e da equipe pedagógica da escola tendo como principal objetivo à melhoria no desenvolvimento e na qualidade de vida de seu filho

A Educação Especial como Tema Transversal

Abordagens dos Temas Transversais

A Educação Especial como Tema Transversal

Como todos nós já sabemos a Educação Especial é uma forma diferenciada de ensino aprendizagem para as crianças portadoras de necessidades especiais. Para assegurar a qualidade de ensino foi criado o PCN´s – Parâmetro Curriculares Nacionais no ano de 1997, para garantir as crianças o conhecimento escolar e o conhecimento social, e os Temas Transversais serve para os professores e crianças como um elo, uma ponte para a educação no Brasil. Embora saibamos que a escola não pode ser a única responsável pelo processo de conscientização, humanização para a formação da criança. A comunidade, bem como a família são duas partes fundamentais para auxiliar neste processo. Dessa forma o que sugeri os PCN´s é que se incluam as questões sociais como tema, ligadas as disciplinas comuns no Currículo Escolar.
Os Temas Transversais são temas selecionados para a discussão dos problemas sociais, políticos, ambientais, sexuais e morais, de uma forma diferenciada. A proposta é que se trabalhe dentro de um tema especifico, mas puxando questões e estimulando a curiosidade da criança para temas paralelos que façam parte do cotidiano. Temas esses, que favoreçam para o crescimento humano de cada individuo, fazer com que a criança reconheça valores que em muitas ocasiões não haviam percebido. A criança que aprende a trabalhar com os temas transversais, alem de aprender de uma forma interdisciplinar, aprende também a ter uma visão muito mais amplas dos problemas do mundo. É uma forma de crescimento pessoal, de auto valorização, conhecendo melhor o seu colega e aprende a respeitar as suas diferenças. Mas para se trabalhar dessa forma, não podemos separar as matérias, mas sim, encontrar um elo de ligação entre eles, e os Temas Transversais serve de ponte para o levantamento dessas questões.
Nas atividades anteriores discutimos sobre integração e inclusão, sobre a importância da inclusão social e escolar na vida dos portadores de necessidades especiais, bem como na vida das crianças com défices de aprendizagem. Entendemos também que exclusão é uma forma de preconceito, bastante comum na vida de muitas pessoas. A utilização dos Temas Transversais é uma maneira de abolir essas práticas discriminatórias dentro da escola, dentro da comunidade, pois podemos trabalhar com as dificuldades do dia-a-dia e juntamente com as crianças tentarmos resolvê-las. É como usar a matemática dentro de um supermercado como meio de economia, é uma das maneiras que podemos utilizar uma disciplina junto com um problema do cotidiano. É claro que para trabalharmos com crianças com necessidades especiais temos que fazer algumas adaptações, como por exemplo, adaptações nos materiais didáticos e até mesmo dentro da sala de aula, mas não quer dizer que temos que excluí-los das atividades, adaptações sim, todos temos diferenças e temos muito que aprender e o que ensinar. Um desenvolvimento individual vem do conhecimento e pesquisa em grupo, os alunos vão se conhecendo, aprendendo e assim se respeitando.

A diferença entre Escola Inclusiva e Escola Integradora

Metodologia da Educação Especial

A diferença da Escola inclusiva e da Escola integradora

Esse tema por se só já é bastante polemico e discutido por familiares e educadores do ensino regular, principalmente os que trabalham com educação especial. O processo de integração resultou em uma separação de dois contextos de educação, que foi a educação regular e a educação especial. A escola integradora tem como base preparar a criança portadora de deficiência para a sociedade, junto com a convívio com as outras crianças de modo que possa se tornar o mais “normal” possível, minimizando assim as suas dificuldades. A educação especial passou a ser um ensino paralelo, subalterno ao ensino regular. O conceito da integração surgiu na década de 90, sob o enfoque social, a integração representa uma vida de mão dupla, envolvendo os portadores de deficiência e a comunidade das pessoas consideradas “normais”. Com a integração escolar surgi uma nova visão de escola, que é de favorecer o desenvolvimento de todos os alunos, de acordo com as suas características pessoas e a características das pessoas que estão a sua volta. Dessa forma o processo de integração deposita a responsabilidade de suas mudanças diretamente na pessoa portadora de deficiência, de modo que a escola especial limita-se a capacitar e preparar as crianças portadoras de necessidades especiais para a escola regular ou para o trabalho. O processo de inclusão é mais amplo, vai alem da integração, o objetivo é alcançar todas as crianças, apoiado ao princípio de igualdade e oportunidade para todos, é prerrogativa de que cada um tem interesses e características e necessitam que sejam atendidas no processo educacional. A escola inclusiva assegura que nenhuma manifestação de dificuldade seja impedimento de aprendizagem do aluno, respeitando sempre diferenças individuais. A inclusão aliada aos direitos legais assegura as oportunidades das crianças com dificuldades de aprendizagem ou dificuldade física, o acesso a escola regular, mesmo freqüentando a escola especial. Parte do pensamento de que cada um aprende com o outro e temos que conhecer os nossos próprios limites e respeitar os limites dos outros, mesmo que seja permanente ou provisório. A concepção de inclusão requer mudanças nas práticas relacionadas aos grupos excluídos. Com relação as atitudes, temos que rever o modo de pensar, a nossa aceitação, com isso pede-se também mudanças arquitetônicas que possibilitam acessibilidade das crianças portadoras de necessidades especiais. A escola inclusiva carrega responsabilidades não apenas físicas, mas uma mudança social e educacional, derrubando a barreira do preconceito, da exclusão, essa mudança tem que partir principalmente do professor junto com o aluno e a família, fazendo das dificuldades um desafio para sua carreira, para sua vida. E nunca é tarde relembrar, um mundo inclusivo é um mundo no qual todos tem acesso as oportunidade de ser e estar na sociedade de forma participativa. Onde a relação entre acesso, oportunidades e características individuais não são marcados por interesses econômicos, ou pela caridade pública. Mas para poder dar continuidade a integração e a inclusão devemos rever o papel do professor, é exatamente aí onde reside o problema que a grande maioria dos nossos colegas professores apresentam.
A grande maioria alega que se sentem “despreparados” e “desmotivados” para a docência de grupos tão diferentes e diversificados, consideram uma tarefa difícil, pois tem os seus baixos salários, pouco estímulo em atuar na área inclusiva, e para fazerem especialização. Além de que as condições de trabalho para a maioria não favorece em nada. Infelizmente isto não é um exagero. Desde a sua formação para o exercício do magistério, encontramos sérias falhas, dificultada ainda mais pela falta de formação continuada. Na inclusão, como professor, precisamos reconhecer num aluno em sala de aula suas dificuldades de aprendizagem e tentar criar diferentes métodos de ensino aprendizagem para que o aluno com dificuldades consiga entender o que o professor ensina. Mas para isso o professor precisa realmente estar preparado e qualificado, se reciclando para a melhoria do sistema educacional inclusivo.

Educação na Diversidade

Fundamentos para Educação Especial

Educação na Diversidade

A educação inclusiva está baseada na necessidade de proporcionar a igualdade de oportunidades, mediante a diversificação dos serviços educacionais de modo a entender as diferenças individuais do aluno, por mais acentuada que seja. É claro que esta visão sobre a criança portadora de deficiência há algum tempo atrás não era vista da mesma forma. Esta mudança passou por várias fazes, da mais cruel para chegarmos onde hoje estamos. No fim do século XV, na Grécia a criança portadora de deficiência era vista como uma “aberração”, e assim exterminada, pois naquele período se valorizava a beleza física. No Cristianismo influenciados pelo Clero começaram a ver essas deficiências como um Dom Divino e até mesmo como punição de Deus. A mudança da sociedade influenciou para a criação de instituições para pessoas portadores de deficiências físicas ou “deformações”. A partir daí, foram criadas instituições para acolher dos portadores de deficiência físicas e mentais. Apesar da mudança as pessoas portadoras de deficiência eram excluídas da sociedade, pelo fato de acreditarem que não seriam capazes de se integrar normalmente na sociedade. O século XX da seguimento ao processo de humanização da sociedade. Junto com a Declaração dos Direitos Humanos em 1948, se inicia um processo de institucionalização dos portadores de deficiência. A educação especial surge como uma proposta inovadora de aplicação dos conceitos pedagógicos, na formação da cidadania e na apreensão da cultura universal pelas pessoas com história de deficiência. O nosso país fez a opção pela construção de um sistema universal inclusivo, com o que diz respeito a Declaração de Salamanca (Espanha, 1994) na conferência mundial sobre Necessidades Especiais: Acesso e Qualidade. A Declaração de Salamanca visa os direitos das pessoas Portadoras de Necessidades Especiais na escola inclusiva. A concepção da Educação Inclusiva desloca-se das necessidades sociais expressas nos currículos padrão tradicionalmente organizados, para o âmbito das necessidades individuais do aluno.
A educação inclusiva deve ser aplicada de forma com que a escola se adapte ao aluno e não o aluno com necessidades especiais se adapte a escola. Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagens próprias e diferentes. Afinal, ninguém é igual a ninguém e nem mesmo tão diferente.
A escola do ensino regular deve assumir essa forma integradora de modo que possa interagir com a comunidade e a família. Não podemos assumir atitudes discriminatórias, seja ele por qualquer motivo, será que nos como educadores podemos aceitar uma criança com necessidades especiais e recusar um aluno que por algum motivo veio à escola com os pés no chão? Cabe a todos nós abolirmos a barreira do preconceito, descriminação e dificuldades. A inclusão não se limita apenas a integração no ensino regular, mas também na comunidade, na família e na sociedade em geral. É uma atitude de aceitação, de mudança, de transformação. Todas as crianças devem aprender juntas, independentemente de suas dificuldades e necessidade educacionais especiais, deve receber todo o apoio educacional e eficaz.
Isso não se limita apenas ao ensino regular, mas ao ensino secundário, superior e profissional, por isso é que a sociedade e família com a escola devem agir juntas para que a inclusão realmente possa ser fundamentada. As crianças com dificuldades especiais não podem ser excluídas, mas sim, encaminhadas as salas regulares e se necessário às salas especiais onde terão o atendimento especializado para o melhor desenvolvimento e desempenho de se mesma.

Author: Patricia Fernanda

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